Há muito tempo, mas há muito tempo mesmo, venho pensando em escrever algo sobre "Um beijo não é só um beijo". Título criado por mim desde que recebi um beijo que era apenas um entre tantos outros.
Pensei em várias formas de escrever o que eu estava sentindo, mas não conseguia de jeito nenhum. Então resolvi deixar anotado em um caderninho para que um dia eu pudesse voltar a pensar no assunto. Aliás, meus textos são organizados assim: palavras-chave ou títulos ficam anotados em uma agenda. Quando estou disposta a escrever sobre um desses assuntos que me vieram à mente, escolho um e começo a correr as letras.
Dessa vez aconteceu algo diferente do meu "ritual".
Nessa quarta-feira, indo para a faculdade, tive aquela super lâmpada acesa em cima da cabeça em meio a sono, cansaço e um pouco de desconforto causado pela lotação do ônibus. Meio tonta porque estava tentando dormir, lutei contra as pálpebras que teimavam em fechar e peguei o único objeto que estava acessível, já que sobre a minha mochila estavam bolsas que me ofereci para segurar.
Foi através do celular que saí apertando botão por botão até formar uma poesia. Sim, uma p-o-e-s-i-a. Meus sentimentos guardados simplesmente desabrocharam em leves versos.
Segue então, o alívio escrito:
Pensei em várias formas de escrever o que eu estava sentindo, mas não conseguia de jeito nenhum. Então resolvi deixar anotado em um caderninho para que um dia eu pudesse voltar a pensar no assunto. Aliás, meus textos são organizados assim: palavras-chave ou títulos ficam anotados em uma agenda. Quando estou disposta a escrever sobre um desses assuntos que me vieram à mente, escolho um e começo a correr as letras.
Dessa vez aconteceu algo diferente do meu "ritual".
Nessa quarta-feira, indo para a faculdade, tive aquela super lâmpada acesa em cima da cabeça em meio a sono, cansaço e um pouco de desconforto causado pela lotação do ônibus. Meio tonta porque estava tentando dormir, lutei contra as pálpebras que teimavam em fechar e peguei o único objeto que estava acessível, já que sobre a minha mochila estavam bolsas que me ofereci para segurar.
Foi através do celular que saí apertando botão por botão até formar uma poesia. Sim, uma p-o-e-s-i-a. Meus sentimentos guardados simplesmente desabrocharam em leves versos.
Segue então, o alívio escrito:
Um beijo não é só um beijo
Eu já beijei uma boca de melancia
e outra de maracujá,
mas não beijei ainda
aquele que água na boca dá
Dispenso o que é pouco profundo
E onde espaço para sentimento não há
Critico a superficialidade
que existe num banal ato de ficar
Eu quero um beijo apaixonado
Aquele que falta o ar
Que como nos clássicos de cinema,
vira a cabeça e te faz ofegar
Um beijo não é só um beijo
Envolve outras coisas mais
Porém, para algumas pessoas
Ele se torna mais um
Entre muitos "tanto faz".
Uma observação para aqueles que talvez não entenderam o que eu quis dizer: nem sempre o ato de ficar é superficial. Essa poesia é voltada a um caso específico e pessoal. E além do mais há quem goste de sair por aí sem compromisso. (Cá entre nós, quem já não fez isso?) Nada contra, mas eu como uma romântica irremediável confesso: acho que tudo ficaria bem melhor com um pouquinho de sentimento, respeito e tato. O que existe num ato banal de ficar é um abismo entre duas pessoas.