Sábado, 08/05/10
Eu me entrego ao tempo. Deixo ir o que tiver de ir e o que tiver de vir ou até mesmo voltar.
Não tenho controle algum sobre as loucas linhas traçadas que o destino fez e vai continuar fazendo cair em meus pés.
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Sábado, 22/05/10
Jogo tudo para o alto e não faço questão de pegar quando cair.
Jogo minha vontade, meus dias, minha alegria, meu sorriso e minha calma que já não tenho mais. Jogo e quero mesmo é que... vão embora, porque agora não quero mais alcançar.
Deixo ficar a minha inveja, o meu triste retrato em branco e preto, a minha doce-amarga solidão, a minha infinita agonia, as minhas aliviantes lágrimas e, claro, os meus velhos companheiros de sempre, os MEUS calafrios.
Me mostro de frente, me mostro de verdade, triste. Vazia e cansada de procurar ou esperar por algo que me aquiete o espírito.
Por fora o desleixo e o nada (símbolo de infinito) -2, -1, 0.
Sentada numa cadeira me vejo quase apática. E os outros? Todos lá
... e eu aqui.
Jogo minhas letras.
Uma hora eu volto, quem sabe, para desembaralhá-las. Até que eu as corra formando uma palavra, uma frase, uma oração ou um texto.
Outro dia eu volto para reconstruí-las, colocá-las no lugar e achar um bom contexto para continuar.
Adeus.