sábado, 20 de fevereiro de 2010

Quanto jejum!

Lembram-se daquela frase "é hora de dar tchau" dos Teletubies? Pois bem, agora digo: É hora de voltar!
Tenho o costume de publicar aqui os meus textos acadêmicos. Seguirá então um que fiz sobre Chico Mendes. Segundo as regras do professor um dos requisitos para a realização deste trabalho era dar a sua opinião sobre. Eu já havia postado "Do mudo ao falado", texto com a mesma exigência e que, na minha humilde opinião, ficou bem melhor que esse. Não que eu esteja desmerecendo-o, mas me identifico muito mais com o outro. Talvez por eu ter tido um tempo maior para fazê-lo. Enfim, é só para quebrar este jejum e marcar a minha volta.



Chico Mendes




Francisco Alves Mendes Filho, Chico Mendes, foi um seringueiro, sindicalista e ativista ambiental. Nascido em Xapuri, no estado do Acre, começou o aprendizado do ofício de seringueiro ainda criança com o pai.
A vida de líder sindical se iniciou com a fundação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia, em 1975, ao ser escolhido para o cargo de secretário geral.
Um dos grandes feitos de Chico Mendes encontra-se na proposta “União dos Povos da Floresta” que buscou unir o interesse dos trabalhadores da região através da criação de reservas extrativistas que, mais tarde, gerariam a reforma agrária tão sonhada pelos seringueiros.
Sua luta pela preservação da Floresta Amazônica teve uma grande repercussão internacional, o que lhe rendeu um de seus vários prêmios, o Global 500, oferecido pela ONU em defesa do Meio Ambiente. Chico continuou sua luta com perseverança, percorreu ainda o Brasil para participar de seminários, congressos e palestras que denunciavam as atrocidades dos fazendeiros contra a floresta e os trabalhadores da região.
O que antes começou com uma luta pela posse de terra contra os grandes proprietários em busca da proteção das seringueiras e de quem vive dos meios que a floresta tem a oferecer, se tornou uma grande guerra que atingiria fatalmente o maior líder nesse campo de batalha.
Chico Mendes, antes de tudo, foi um cidadão voltado para a justiça social. E que, com bravura, mostrou ao mundo suas ideias para defender o fim do desmatamento da Amazônia e buscar soluções para o extrativismo e a produção auto-sustentável para as famílias da região.
Morte é uma palavra que não cabe a um homem visionário que se atentou para questões que até então não possuíam a menor relevância, mas que alguns anos depois mobilizariam o mundo numa corrida a favor da preservação do Meio Ambiente.
Nós somos o seu legado. Chico Mendes vive em cada ação protetora ao maior bem que a humanidade possui: a Natureza.


“No começo pensei que estivesse lutando para salvar seringueiras, depois pensei que estava lutando para salvar a Floresta Amazônica. Agora, percebi que estava lutando pela humanidade.” Chico Mendes

Um comentário:

  1. Excelente, soeur! Não conhecia direito a história de Chico Mendes, mas agora vejo que foi um grande homem! Adorei o texto, você conseguiu passar muito bem a história de uma luta, que, como ele mesmo diz, era pela humanidade!
    Bisous

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