Nem acreditei quando saí de casa (milagre nesses últimos dias) e vi o céu azul e iluminado.
Pensei comigo mesma e com entusiasmo: "fez sol, fez sol!"
Assim que cheguei em casa tratei de abrir as persianas e a janela. Elas me impediram de ver o lindo dia que está lá fora. E essa minha aversão a claridade desaparece quando faz sol. Contraditório, não é?! Eu simplesmente adoro o sol, o calor. Mas em casa não quero uma luz sequer tentando passar por algum orifício das cortinas.
Tempos atrás eu sempre cantava: "abre essa janela, primavera quer entrar..."
Mas o que importa mesmo é que esse tempo me anima. Tanto que cheguei saltitante e vim logo escrever aqui. É, bem se vê que a postagem "Mas só chove e chove..." não tem mais validade. Já era!
Cá estou mais uma vez. Eu sempre volto. Aliás, ela saiu da validade no mesmo dia em que a escrevi, porque logo em seguida publiquei outra postagem.
Então, entrei no quarto e peguei o meu super hiper mega livro de Literatura e coloquei em Arcadismo, o Século das Luzes a fim de procurar um poema sobre sol para pôr aqui. Mas lembrei-me logo de um que tem a ver com infância e decidi colocá-lo. Antes disso, folheei um pouco e lembrei-me de outra ao vê-la escrita. Assim que comecei a ler não acreditei e exclamei: "Como eu pude me esquecer desta poesia?" Mas eu não esqueci de esquecer, entende? Terminei de ler e logo a recitei como nos velhos tempos. Ah, hoje fez sol e "tomara que não chova seis meses sem parar!"
Seguem então as duas poesias:
Infância
Um gosto de amora
comida com sol. A vida
chamava-se "Agora".
(Guilherme de Almeida)
Soneto 12
Busque Amor novas artes, novo engenho,
Pera matar-me e novas esquivanças;
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.
Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido o lenho.
Mas conquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê;
Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde
Vem não sei como, e dói não sei porquê.
(Luís Vaz de Camões)
Escrevi de cor.
Não esqueci. Nunca!
"Meu corpo viraria sol, minha mente viraria sol..."
"Let the sunshine! Let the sunshine in, the sunshine in!"
ResponderExcluirVai nessa Bruna, quem canta seus males espanta.
^^
Sim!!
ResponderExcluir"Here comes the sun, laralálá, here comes the sun. It's alright, tãtãnãtãtãnã..."