Estava cá mergulhada em meus pensamentos solitários regados à músicas tristes e lembrei de um poema que fizera em 2008. (É, eu sou assim na maioria das vezes)
Abri a gaveta e procurei em um bloco de anotações. Lá estava ele com rabiscos, mas intacto, emanando palavras um tanto quanto sombrias para quem sabe o que é luz. Eu mesma me surpreendi ao ler. Não lembrava de ter escrito de uma maneira tão impactante. Pelo menos para mim, é claro.
Mas lembro o motivo. E se lembro!
Segue então o meu poema sem título:
Ando desacreditada
Desando na estrada
Perdi a motivação
Fugiu minha garra
Não vivo a emoção
Ando me perdendo
E até me esquecendo!
Peço justiça por um motivo
que tem fundamento
Me remexe a consciência
Me encobre o momento
Ando confusa, descontentada
insatisfeita, enganada
e decepcionada comigo mesma!
Começo a andar pela sombra
Sinto frio, pessimismo e abandono
Caminho difuso, distorcido
Mente apagada...
Sem não mais saber como andar na longa estrada
As "águas" correm
A veia salta
O sangue ferve
A voz sumiu
Como tanto pessimismo pode impregnar-se em Bruna, eu... ?
Posso dizer que essa é a 1ª fase difícil da minha vida.
Não, eu digo não, a luz vem em minha direção
Mas eu me encontro na contra-mão.
Ando desacreditada
Desando na estrada
Bom, como diz esse poema que é mais um desabafo, era apenas uma fase. E eu realmente não consigo achá-la na memória. Dizem que quando passamos por momentos ruins sua mente entorpece alguns fatos.
Deve ter sido isso.
Lembram que no início eu disse que sabia o que era luz? Então, esse post iria tomar um rumo diferente se ele não tivesse sido interrompido para eu sair um pouco e encontrar em meio a tantas pessoas sem sentido um único sorriso que me abriu as portas com um clarão me fazendo sorrir de novo.
É aquele sorriso que é simplesmente o sol, e de repente tudo se ilumina de novo como se não houvesse escuridão. Como se nunca houvesse existido nada parecido!
Ah! E avante a estrada, não é?!
Avante mesmo! A vida muitas vezes pode ser uma "long and winding road", mas que serve para levar à sua porta, sua porta, você.
ResponderExcluir=)
beijos, linda poesia
Caramba, Laís.
ResponderExcluirEu estava pensando nessa música enquanto postava.
Adoro coincidências!