sábado, 24 de outubro de 2009

Escrita de fé

É a partir dessa paráfrase de "Profissão de Fé" que venho quebrar este jejum prolongado por mais de um mês.
O ato de escrever, como diz o poeta Olavo Bilac, requer perícia. É preciso escolher cada palavra minuciosamente para que o texto seja bom. É necessário ter paciência e vontade. Só assim posso fazer com que vocês entendam o teor da mensagem que quero passar.
O texto a seguir sofreu três grandes alterações. Somente na última, seguindo a proposta central do Parnasianismo, pude alcançar a "perfeição" que eu queria.
Espero que gostem.



Do mudo ao falado

Singin’ in The Rain (Cantando na Chuva) é um filme estadunidense do ano de 1952 produzido por Arthur Freed com direção de Gene Kelly e Stanley Donen.
O musical estrelado por Gene Kelly, Jean Hagen, Debbie Reynolds e Donald O’Connor mostra, de forma descontraída e bem humorada, a transição do cinema mudo para o cinema falado.
No filme, Don Lockood (Gene Kelly) e Lina Lamont (Jean Hagen), o casal mais famoso do cinema mudo, é obrigado a se adequar aos novos padrões da indústria cinematográfica. Até então o cinema era resumido a representações mudas com algumas legendas e som musical ao fundo.
A adequação a essa nova tendência foi proposta em “O Cavaleiro Duelante”, filme rodado com as novas exigências do mercado, mas que foi um fracasso devido à péssima dicção de Lina, o som fora de sincronia com as imagens e as falas em escalas altas e baixas que causaram insatisfação entre os telespectadores.
Nessa parte, segue uma das sequências mais engraçadas das filmagens. Mostrando o quão foi difícil, na época, seguir o desenvolvimento do cinema.
O mocinho da trama, insatisfeito com a má repercussão de “O Cavaleiro Duelante”, se junta a Kathy Selden (Debbie Reynolds) e Cosmo Brown (Donald O’Connor) para tentar salvar o filme que seria lançado em seis semanas. Juntos, eles tiveram a grande ideia de transformá-lo em um musical que, mais tarde, seria um grande sucesso.
É importante ressaltar que, embora Singin’ in The Rain tenha retratado a transição mudo - falado de uma maneira bem leve, na vida real esse período foi muito difícil. Além de ter sofrido boicotes e preconceitos, vários profissionais do meio perderam seus empregos por não conseguirem acompanhar as novas mudanças.
Há de se destacar também as resistências. O ator, diretor e produtor, Charles Chaplin, foi um dos mais relutantes que, mesmo vendo toda uma mudança nos padrões de cinema aos quais era acostumado, continuou realizando suas produções de outrora. Como Luzes da Cidade, Tempos Modernos e O Grande Ditador.
Fiel a essa importante fase do cinema, Singin’ in The Rain cita “The Jazz Singer”, filme considerado o marco da transição do cinema mudo para o falado.
O musical de 52 tornou-se uma verdadeira obra-prima, consagrado pelas maravilhosas interpretações e pelas músicas que atravessaram o tempo, imortalizando-o como um dos melhores musicais que Hollywood já produziu.

3 comentários:

  1. Adorei o texto, porém, se esse foi o seu trabalho para o Assaf, teve um erro... Ele pediu a opinião... E não o que tinha acontecido! E eu quase não vi a sua opinião sobre. Fora isso, o texto em si, está perfeito!!!! Adorei! =)
    Beijossss

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  2. Obrigada, Nanda.
    Ele TAMBÉM pediu a opinião e eu dei em duas partes do texto. Só que como ele disse que iria avaliar como texto jornalístico eu me foquei nos fatos.

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  3. Clássicos! ADORO!
    Cantando na chuva é muito bom, mas ainda tenho uns que vem antes ^^
    Muito bem escrito Bu! É para a prova do Assaf não é? Com certeza vai tirar a nota máxima! Muita eloquencia e paixão no que escreve, parabéns!
    =)
    um beijinho

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