sábado, 25 de abril de 2009

Aos quatorze

Esse é um texto que eu fiz quando tinha 14 anos. Não poderia deixar de colocá-lo aqui, afinal, eu recebi muitas críticas construtivas sobre ele. Hoje, claro, eu acho um texto bem fraquinho. Mas lembro que pensei na época: "Caramba, eu escrevo muito bem!" Será mesmo? Bom, dizem que toda decepção gera inspiração. Eu acho que não fugi à essa "regra". Com algumas modificações, segue o texto.

Os últimos segundos do... Começo do Fim?
Era uma noite chuvosa e silenciosa. Meus pais não estavam em casa, haviam saído para jantar. Eu fiquei na Internet, ansiosa, esperando pela conversa que havia marcado com um menino horas antes.
(barulhinho do MSN) – ele acaba de entrar, sinto um grande vazio, um mau pressentimento seguido de um calafrio com euforia. Respiro fundo e me preparo, até coloco um sonzinho pra descontrair (Marisa Monte- Ainda Lembro).
Ele diz que está interessado em outra garota, e que era melhor que ficássemos amigos. Eu aceitei e comecei a dar gargalhadas, muitas gargalhadas. De repente da gargalhada eu puxo pro choro e caio, “no tapete atrás da porta”, completamente desconsolada.
O ódio e a tristeza tomaram conta de mim. Eu direciono o olhar para um objeto, e em frações de segundo eu penso porque havia ganhado aquele bem material tão importante pra mim. Mas enfurecida o jogo no chão, e não satisfeita, torno a jogá-lo até que fique em pedaços, exatamente como eu me sentia.
Com passos leves vou até a porta, abro e saio. Sem pensar me jogo na chuva, deito no chão e sinto a fusão das lágrimas quentes com as gotas frias da água escorrendo pelo meu rosto. Fico olhando ‘praquele’ enorme buraco no céu, não lembro quanto tempo fiquei largada ao Deus dará. Depois me levanto e entro em casa. Tremendo vou até o banheiro e me olho no espelho, com o rosto totalmente desfigurado. Nem sabia mais quem era e o que fazia ali.
Dispo as roupas encharcadas de mágoa e tomo uma ducha quente.
Exausta, me deito na cama e caio profundamente no sono.
Só lembro que não me enxuguei, simplesmente vesti a camisola e caí. No dia seguinte acordo e sinto o meu rosto inchado. E, de repente...
Atchim!
Em resultado da noite anterior, eu pego um baita de um resfriado!
“É, hoje é um novo dia.”

Novembro de 2004.
Essa história é verídica.

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